Medição global de CO2 atinge máxima recorde em maio apesar da pandemia


No mês passado, uma pesquisa publicada na revista Nature Climate Change previu que as emissões globais poderiam cair em até 7% este ano.

Uma medição-chave das emissões de dióxido de carbono na atmosfera da Terra bateu recorde em maio, mesmo quando a pandemia global do novo coronavírus levou as economias do mundo a uma paralisação neste ano, de acordo com dados do governo dos Estados Unidos publicados nesta quinta-feira.

O dióxido de carbono registrado no Observatório Mauna Loa, no Havaí, atingiu 417 partes por milhão (ppm) em maio, nível superior ao recorde de 414,8 ppm estabelecido no ano passado, de acordo com o anúncio da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa, em inglês) e do Scripps Institution of Oceanography, um centro de pesquisa da Universidade da Califórnia em San Diego.

A queda nas emissões mundiais devido ao surto de Covid-19 --estimada em até 26% em alguns países durante o pico das quarentenas impostas pelos governos-- falha em reduzir as grandes variações naturais nas emissões de carbono causadas pela maneira como as plantas e os solos reagem a temperatura, umidade e outros fatores, disseram os cientistas.

Seriam necessárias reduções de 20% a 30% de dióxido de carbono por seis a 12 meses para diminuir a taxa nas medições em Mauna Loa, informou o Scripps em comunicado.

No mês passado, uma pesquisa publicada na revista Nature Climate Change previu que as emissões globais poderiam cair em até 7% este ano.

"Isso diminuirá um pouco a taxa de aumento de CO2, mas ainda aumentará", disse Pieter Tans, cientista-chefe do laboratório de monitoramento de gases de efeito estufa da Noaa, em entrevista. "Então, uma mudança de 10% --ainda é difícil para nós medir".

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