Começam negociações para validar relatório da ONU sobre mudança climática

Documento A Base da Ciência Física trará informações atualizadas sobre influência humana em eventos extremos do clima e projeções sobre o aquecimento global; quase 200 países participam do encontro online do IPCC.


Por ONU NEWS


O Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática, IPCC, iniciou, esta segunda-feira, 26 de julho, um encontro virtual para aprovar o seu próximo relatório.

O documento “Mudança Climática 2021: A Base da Ciência Física” trará as últimas projeções sobre aquecimento global, mostrando como e por que o clima tem mudado. O IPCC destaca ainda que o relatório traz um “melhor entendimento sobre a influência humana no clima, incluindo em eventos extremos”.


Âncora para a COP-26


Unsplash/Adam Marikar

Relatório é crítico para a COP-26 que ocorre em Glasgow, na Escócia, em novembro


Segundo o IPCC, quase 200 países participam das negociações online, que têm o objetivo de validar este novo relatório da ONU. O documento que servirá “de âncora para as futuras reuniões que buscam prevenir uma catástrofe climática em escala planetária.”


Esta é a primeira vez que o IPCC realiza uma sessão virtual para aprovar um documento, o que foi necessário devido ao impacto da pandemia de Covid-19. Se for aprovado, o relatório será oficialmente lançado no dia 9 de agosto.


Determinação


O chefe do IPCC, Hoesung Lee, agradeceu aos 234 autores do relatório pelo “compromisso e determinação” em produzir o documento nas condições da pandemia.

Por sua vez, o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, OMM, destacou que esse relatório é crítico para as negociações sobre a mudança climática que ocorrem em Glasgow, na Escócia, em novembro, a COP-26.


Exemplos Claros


Petteri Taalas lembrou que existe muito interesse político, mas o desafio continua sendo implementar o Acordo de Paris e cortar as emissões de gases que causam o efeito estufa.


Na abertura da sessão online, Taalas disse que “a mudança climática já é bastante vísivel” e citou como exemplos as ondas de calor e as enchentes ocorridas recentemente na Europa e na China”.

Já a secretária-executiva da ONU para Mudança Climática, Patricia Espinosa, destacou que as decisões que forem tomadas este ano vão determinar “se será possível, ou não, limitar o aumento da temperatura global a 1.5° Celsius”.


Segundo Espinosa, o mundo está “no caminho oposto, seguindo para um aumento de temperatura de 3° C, por isso, é preciso mudar o curso com urgência”.



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