Estudo estima que gelo no mar do Ártico vai desaparecer até 2035

Pesquisa realizada pela British Antarctic Survey (BAS) confirma a teoria de que, em apenas alguns anos, gelo marinho no Polo Norte pode derreter por completo.


Por Redação Galileu


Um estudo da empresa britânica de pesquisas British Antarctic Survey (BAS), publicado nesta segunda-feira (10) na revista Nature Climate Change, indica que as previsões de que o Ártico poderá ficar sem gelo marinho até 2035 são verdadeiras.


Gelo no mar do Ártico pode sumir até 2035, diz estudo (Foto: Willian Justen de Vasconcellos/Unsplash)


Já faz décadas que as altas temperaturas no Ártico durante o último período interglacial — cerca de 127 mil anos atrás — intrigam os cientistas. Com a ajuda do modelo climático Hadley Center, desenvolvido pelo UK Met Office, serviço britânico de meteorologia, uma equipe internacional de pesquisadores pôde comparar as condições do gelo do mar Ártico de milhares de anos atrás com os dias atuais.


Durante a primavera e o início do verão, piscinas rasas de água se formam na superfície das águas geladas do Polo Norte. Elas são importantes para saber a quantidade de luz solar que é absorvida pelo gelo e quanto essa luz é refletida de volta para o espaço. 


Usando o modelo climático para observar o gelo marinho do Ártico durante o último período interglacial, a equipe conclui que o impacto do sol da primavera criou muitos lagos, que desempenharam um papel crucial no derretimento. Uma simulação do futuro indica que o gelo dessa região do planeta pode desaparecer até 2035.


"Os avanços feitos na modelagem climática significam que podemos criar uma simulação mais precisa do clima anterior da Terra, o que, por sua vez, nos dá maior confiança nas previsões do modelo para o futuro" disse, em nota, Maria Vittoria Guarino, principal autora da investigação.

Para Louise Sime, que também integrou o time de pesquisadores, medidas são urgentes. "A perspectiva de perder o gelo marinho até 2035 deveria nos fazer focar em um mundo com menos carbono, assim que for humanamente viável", declarou, também em comunicado.



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