Formação do ciclone extratropical e alerta para rajadas de vento

A formação de um ciclone extratropical e sua frente fria traz potencial de transtornos para os estados do Sul e até mesmo para parte do Sudeste. O maior risco está na intensidade dos ventos. O volume de precipitação não proporciona alertas.


Por Tiago Robles


Processo de formação de um ciclone e o deslocamento de uma frente fria levam potencial para intensas rajadas de vento. Alertas se estendem até o Sudeste e Centro-Oeste.


Como já havíamos comentado no início desta semana, um ciclone extratropical irá se formar a partir de hoje sobre o Rio Grande do Sul levando potencial para transtornos. Além disso, a sua frente fria associada contribui para tempestades também nos demais estados da Região Sul, em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul.


Quinta-feira: o processo de formação do ciclone extratropical

Na última madrugada uma região de cavado favoreceu a formação de instabilidades entre o leste e o nordeste da Argentina, com aumento da nebulosidade e ocorrência de chuvas no extremo oeste do Rio Grande do Sul.

No decorrer desta manhã, o cavado se aprofunda (intensifica), evoluindo para um sistema de baixa pressão deixando alerta para tempestades e queda de granizo em todo o oeste gaúcho. Na região Central e no noroeste, há a possibilidade de pancadas isoladas.



A partir da tarde, o sistema começa a se deslocar para leste, mudando o tempo nas demais regiões gaúchas. As chuvas ocorrem na forma de pancadas e há potencial para tempestades pontuais. A precipitação mais abrangente e intensa se concentra na Campanha e no Sul.


Em Santa Catarina, pancadas isoladas e de curta duração atingem o meio-oeste, sul e norte do estado, bem como o leste e norte do Paraná. Já no Mato Grosso do Sul e no oeste de São Paulo, instabilidades associadas a uma região de cavado levam potencial para tempestades.



No período da tarde, instabilidades se espalham, mas provocam chuvas isoladas que podem ocorrer na forma de tempestades pontuais.


Somente no período da noite, que as instabilidades sobre o Rio Grande do Sul e regiões catarinenses próximas à divisa com o território gaúcho se tornam mais organizadas e provocam chuvas de moderada a forte intensidade, que podem vir acompanhadas de intensas rajadas de ventos.


Sexta-feira: ciclone formado, frente fria avança e há potencial para linha de instabilidade

Na madrugada a baixa pressão já evoluiu para um ciclone extratropical e sua frente fria associada atua e avança pela Região Sul. As tempestades se distribuem pelo nordeste e leste do Rio Grande do Sul, sul, meio-oeste e oeste de Santa Catarina, sudoeste e oeste do Paraná.


No início da manhã, a frente fria contribui para chuvas intensas que podem ocorrer na forma de tempestades com queda de granizo no sul e oeste de Santa Catarina, e na metade oeste e norte do Paraná. No norte e leste catarinense, o tempo já se encontra bastante nublado e com chuvas isoladas.




No decorrer da manhã, a frente fria se desloca com velocidade chegando ao estado de São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul por volta do fim do período. Nesse percurso, devido à intensidade do avanço do sistema frontal, há a probabilidade da formação de uma linha de instabilidade que, além da chuva, pode provocar rajadas intensas de vento com potencial destrutivo.


Já a circulação do ciclone provoca ventos no leste gaúcho de no máximo 75 km/h. Intensidade muito menor ao que estava sendo projetada no início de semana, superando os 100 km/h.


Ao longo da tarde, a frente fria diminui a intensidade do avanço, mas contribui para chuvas no norte do Paraná, em todo o estado de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, no sul de Minas Gerais, no Triângulo Mineiro e no sul de Goiás. Há potencial para tempestades nessas áreas. Até o fim do dia, passa a chover também no Rio de Janeiro e no período da noite há risco de rajadas de vento moderadas de até 60km/h.

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