Temporada de Furacões de 2020 no Atlântico foi a mais ativa já registrada

Ela apresentou um total de 31 depressões subtropicais. Das 30 tempestades nomeadas, 12 atingiram a região próxima dos Estados Unidos, quebrando o recorde de nove de 1916.


Por Pedro Paes de Carvalho

Esta foi a segunda temporada a usar o sistema de nomenclatura de tempestades com letras gregas, sendo a primeira em 2005. Foto: NOAA


Das 30 tempestades nomeadas, 13 se transformaram em furacões e seis se intensificaram para grandes furacões. O furacão Iota, atingiu a categoria 5 de força na escala Saffir-Simpson.


A temporada também foi a quinta em que pelo menos um furacão de categoria 5 se formou. Ela também apresentou um recorde de 10 ciclones tropicais que sofreram uma rápida intensificação como em 1995. Esta atividade sem precedentes pode ter sido alimentada por um La Niña que se desenvolveu nos meses do verão de 2020.


A temporada começou oficialmente no inicio de junho e finalizou a 30 de novembro de 2020. No entanto, a formação de ciclones tropicais é possível em qualquer momento, como o ilustram as tempestades tropicais Arthur e Bertha. Estas ocorreram em 16 e 27 de maio, respectivamente. Foi o sexto ano consecutivo com sistemas antes do início da temporada.


Trajetórias observadas na Atividade Global em 2020


Cristobal formou-se no primeiro dia de junho e causou 15 fatalidades. No final de julho, Hanna, o primeiro furacão da temporada, atingiu o sul do Texas. Isso foi seguido pelo furacão Isaias, que atingiu as Bahamas e a Carolina do Norte, ambos como furacões de categoria 1, causando um total de US $ 4,725 mil milhões em danos.


No final de agosto, Laura atingiu a Luisiana como um furacão categoria 4, tornando-se o mais forte ciclone tropical já registado em termos de velocidade do vento a atingir a costa da Luisiana, junto com o Furacão Last Island de 1856. O Laura causou pelo menos US$ 14,1 bilhões de dólares em danos e 77 mortes.



Atividade Anual do Atlântico Norte nos Últimos 100 Anos - Fonte: NOAA


Setembro foi o mês mais ativo já registrado no Atlântico, com dez tempestades nomeadas, começando com o Furacão Nana, que atingiu Belize como um furacão de categoria 1. O Paulette atingiu as Bermudas, a primeira tempestade a atingi-la desde 2014. O furacão Sally impactou a costa do Golfo dos Estados Unidos, causando graves inundações, enquanto o furacão Teddy impactou as Bermudas antes de afetar o Canadá como um ciclone extratropical.


O alfabeto grego foi usado pela segunda vez, começando com a tempestade subtropical Alpha, que atingiu Portugal.


Outubro começou com a Tempestade tropical Gamma e o furacão Delta. Ambos atingiram a península de Iucatã no México e com poucos dias de diferença. Delta impactaria posteriormente a Luisiana, tornando-se a décima tempestade a atingir o continente americano na mesma temporada. O furacão Zeta também passou pela Península de Iucatã antes de se tornar a quinta tempestade da temporada a atingir a costa da Luisiana. O Zeta também se tornou o primeiro ciclone tropical, desde o furacão Sandy em 2012, a produzir neve acumulada.


No último dia de outubro, o furacão Eta se formou e atingiu a América Central como categoria 4. Em 16 de novembro, o furacão Iota se formou no Caribe e se intensificou rapidamente para a categoria 5.


A temporada de 2020 do Atlântico Norte foi a única com dois grandes furacões em novembro. Para fechar, o furacão Iota chegou ao continente na mesma área da América Central que o Eta havia atingido algumas semanas antes.

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