Quase metade do estado vive enchentes históricas; em alguns municípios, choveu 50% mais do que é normal para esta época
Por Pryscilla Paiva
Acre já tem quase 130 mil pessoas atingidas pela cheia de rios na capital e no interior do estado — Foto: Marcos Vicentti/Secom
O Acre vive um dos piores momentos de sua história por conta da chuva: 10 dos 22 municípios estão em estado de calamidade pública devido à cheia dos rios.
Com fortes enchentes na última semana, o transbordamento dos rios fizeram com que os municípios de Tarauacá e Sena Madureira tivessem 70% do território tomado pela água. Cerca de 150 mil acreanos foram afetados.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou um decreto para a liberação de recursos. Serão 450 milhões de crédito extra para desastres naturais e parte desse valor vai para o estado.
De acordo com a Somar Meteorologia, a cidade de Cruzeiro do Sul vive a pior cheia desde 2017. O acumulado de chuva já chega a 405 milímetros, volume 57% acima da média climatológica que é de 258 milímetros. A previsão do tempo ainda indica 150 milímetros para os próximos 15 dias em diversas regiões do Acre.
Previsão para o Acre nos próximos dias
Na quinta-feira, 25, com a nova configuração da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) sobre o Brasil Central, a chuva ainda persiste sobre a região Norte e ganha força no Acre, Amazonas, Rondônia, sul do Pará e o Tocantins com condição para cheias de rios e transtornos como alagamentos em áreas de risco.
Até o final do mês, os temporais típicos de verão seguem se espalhando por toda a região Norte do Brasil, reflexo da combinação entre calor, umidade e áreas de instabilidade que atuam em diferentes níveis da atmosfera, caracterizando o chamado “Inverno Amazônico”. Mesmo que de forma pontual, atenção para o risco de muitos raios e ventania.