Em dia na COP dedicado às mudanças climáticas e cidades, a ONU informou que prédios são responsáveis por 40% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Por Laís Modelli, g1
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O Reino Unido anunciou durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP26) nesta quinta-feira (11) um programa para apoiar as cidades de países em desenvolvimento mais afetados pelas mudanças climáticas a zerarem suas emissões de CO2 até 2050 e crescerem de forma sustentável.
Chamada de Ação Climática Urbana, o fundo conta com 27,5 milhões de libras que serão destinados às cidades da África, Ásia e América Latina como parte do compromisso de Financiamento Climático Internacional do Reino Unido, informou o ministro britânico Eddie Huggles.
As cidades na América Latina que receberão os investimentos serão, segundo Huggles: Bogotá e Medellín, na Colômbia; Guadalajara e Cidade do México, no México; Lima, no Peru.
O penúltimo dia de conferência tem sido dedicado ao tema de como combater os efeitos das mudanças climáticas nas cidades, como a ocorrência de eventos climáticos extremos visto nos últimos anos, e a importância da descarbolização dessas regiões até 2050.
Entre as ações que fundo financiará nestas cidades, o governo britânico citou:
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Desenvolvimento de sistemas de transporte público com baixa emissão de gases;
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Geração de energia renovável;
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Gestão sustentável de resíduos;
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Construção de edifícios inteligentes;
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Planejamento para enfrentar futuros riscos climáticos.
40% das emissões globais
Segundo a diretora-executiva das Nações Unidas, Inger Andersen, informou nesta quinta, mais da metade da população mundial, 55%, vive em cidades. Além disso, os prédios e construções são responsáveis por 40% das emissões globais de gases de efeito estufa.
De acordo com a ONU, até o momento, mais de 1 mil cidades e regiões em todo o mundo, correspondente a mais de um quinto da população urbana global, se comprometeu a zerar suas emissões até 2050.
Em setembro, o Banco Mundial alertou que 216 milhões de pessoas em seis regiões do mundo poderão ser forçadas a se mudarem de seus países até 2050 para fugirem de eventos climáticos adversos.
Neutralidade climática
O objetivo da COP26 é firmar compromissos para o cumprimento da meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento da Terra a 1,5°C até 2100. O número é crucial para desacelerar as mudanças climáticas e seus efeitos. Desde os tempos pré-industriais, o plante já aqueceu 1,1ºC por causa da interferência humana.
Para se alcançar esta meta, é preciso que todos os países adotem cortes drásticos nas emissões de CO2, o principal gás de efeito estufa liberado pela queima de combustíveis fósseis - além de outros, como o metano - e alcancem a chamada neutralidade climática, quando todas as emissões são compensadas por reflorestamento ou tecnologia de captura de carbono da atmosfera.