Iceberg gigante viaja 42 meses em direção a ilha rica em vida selvagem

Massa de gelo se desprendeu da Antártica em 2017 e pode atingir ilha que abriga pinguins


Por Cassandra Garrison, Reuters



Foto de satélite de abril de 2019 mostra a extensão do iceberg A-68A — Foto: Copernicus Sentinel-Pierre Markuse/Handout via Reuters/Arquivo


O iceberg A68a está fazendo uma jornada lenta rumo a um desastre em potencial. A massa de gelo enorme, que se soltou da plataforma de gelo antártica Larsen C em julho de 2017, deslizou em direção ao mar aberto durante dois anos até atingir a poderosa Corrente Circumpolar que circunda o continente.


Isso empurrou o iceberg para o nordeste através do que os cientistas chamam de "passagem de icebergs", e agora ele segue para a ilha da Geórgia do Sul e pode se chocar com o mundo remoto do Atlântico Sul, rico em vida selvagem, dentro de dias.


Com uma dimensão de 4,2 mil quilômetros quadrados, ele é maior do que Singapura ou Luxemburgo.



Iceberg A-68A, visto de um avião da Força Aérea Britânica em 18 de novembro — Foto: UK Ministry of Defence/Handout via Reuters/Arquivo


"Não houve nada assim tão grande na história científica que tenhamos visto vindo para a Geórgia do Sul", disse Geraint Tarling, oceanógrafo biólogo da Observação Britânica Antártica.

"Normalmente, esperaríamos que estes icebergs se despedaçassem em pleno oceano".

Cientistas dizem que o iceberg pode se chocar com a plataforma da ilha, aniquilando a vida submarina. Se ele se acoplar ao flanco da ilha, poderia permanecer fixado a ela por até 10 anos até o gelo derreter ou se romper, disse Tarling.


Isso poderia impedir alguns dos dois milhões de pinguins da ilha de alcançar as águas para alimentar os filhotes. A água doce em derretimento também poderia tornar as águas inóspitas para o fitoplâncton e outras criaturas da cadeia alimentar.

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O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

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