Na COP26, mais de 130 empresas de moda prometem reduzir emissões de CO2

Indústria renova compromisso em carta divulgada no evento em Glasgow, apostando em mudança de hábito dos consumidores e adesão a fontes renováveis de energia; produção é responsável por até 8% das emissões globais.


Por ONU News


Unifeed/Reprodução

A dimensão do mercado global de bens criativos expandiu-se substancialmente, duplicando de tamanho, de US$ 208 bilhões, em 2002, para US$ 509 bilhões em 2015.


A indústria da moda renovou o compromisso com ações para combater a mudança climática. O anúncio, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP26, visa ações para conter o aquecimento global.


O documento elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, e pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, Unfccc, conta com 131 empresas de moda e 43 apoiadores.


Compromissos

O grupo afirma que o setor deve agir para conter padrões insustentáveis de consumo e reforça ações para que a indústria da moda ajude a alcançar as metas do Acordo de Paris.


Com grande capacidade de influenciar e comunicar, o setor acredita que pode transformar o modelo atual de negócio.

O vice-diretor do Pnuma, Steven Stone, explica que abordar o consumo é uma parte central da redução do impacto climático. Ele observa que há impacto desde o volume de novos produtos até a pegada de carbono da utilização das roupas e outros acessórios.


Stone ainda destaca que é necessário trabalho de todos no setor para se atingir a meta de 1.5 grau Celsius, prevista no Acordo de Paris.

Os signatários da carta também se comprometem com redução das emissões de carbono na cadeia da moda rumo à eliminação até 2050.

Além disso, eles pretendem monitorar todos os gases de efeito estufa emitidos e usar fontes renováveis de energia bem como materiais de baixo impacto até 2030.


O impacto da moda

As agências da ONU destacam que a indústria da moda é responsável por entre 2% e 8% das emissões globais de carbono, com grande impacto sobre o clima. Se o ritmo atual for mantido, o setor não deverá cumprir as metas de redução de emissões pela metade até 2030.


Entre os dados estudados pelo Pnuma, está o volume da produção de roupas, que praticamente dobrou nos primeiros 15 anos deste século.

A agência também observou que o número de vezes que uma roupa é usada antes de ser descartada diminuiu 36%.


A fase de uso foi considerada responsável por 24% das emissões de gases de efeito estufa do setor em 2016. Outras pesquisas mostram extensão da vida útil de itens e troca de peças como práticas para maior redução nos impactos climáticos.



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